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Ajudar o RS é compromisso diário para legião de voluntários no Albano Franco

Ajudar o RS é compromisso diário para legião de voluntários no Albano Franco

O dia começa cedo para Wallace Albuquerque de Freitas, de 75 anos, que às 7h30 já está separando roupas que serão enviadas ao Rio Grande do Sul. Ele é um dos cerca de mil voluntários que passaram pelo Convenções Albano Franco desde a última quarta feira, para ajudar na ação ‘MS Pela Vida’ que é coordenada pela Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul). Essa é a primeira vez que o paisagista aposentado é voluntário em alguma causa. Ao acompanhar a tragédia que há duas semanas atinge as 441 cidades do estado gaúcho, Wallace decidiu trocar o sofá de casa pelo centro de arrecadação. Desde o primeiro dia da ação, que começou na quarta-feira (08), o voluntário dedica tempo e atenção às doações que chegam através de diferentes pessoas e instituições.  Tempo e esforço são os dois recursos que o aposentado diz ter para colocar à disposição. “É uma forma de poder contribuir. Ao invés de enviar algum dinheiro estou contribuindo com meu trabalho, uma ajuda humanitária”, afirma. Para quem nunca trabalhou com roupas, Wallace já está familiarizado com o processo de triagem das peças. Abrir sacolas de doação, analisar a qualidade das roupas, dividir entre masculinas e femininas são alguns dos passos seguidos pelo voluntário. Das 7h30 às 17h, o aposentado fica no serviço de triagem. “Esse é meu compromisso diário, estou empenhado nesta causa”, destaca. Com parentes em Porto Alegre, o alívio de Wallace é saber que nenhum reside em áreas atingidas pelas chuvas e que todos seguem bem. Mesmo assim, o aposentado continua contribuindo do jeito que consegue para mandar as doações às famílias que não tiverem destino parecido com os seus familiares.  Luiz Carlos Gonçalves, de 55 anos, é outro voluntário que desde o primeiro dia tem o Centro De Convenções Albano Franco como segunda casa. “Eu chego cedo e só vou embora quando acaba”, conta. Policial Militar da reserva, ele também se viu ligado à tragédia no Rio Grande do Sul por ter conhecidos no estado. “A minha esposa tem parentes no Rio Grande do Sul. É importante que façamos a nossa parte. Os parentes dela também não foram afetados, mas é uma responsabilidade podermos ajudar com a sociedade”, afirma.  É com esse pensamento que Luiz passa o dia no ponto de arrecadação. Mesmo o voluntariado sendo algo atípico na rotina que leva, o PM sabe que o esforço feito em Campo Grande faz toda a diferença no Rio Grande do Sul. “Vim aqui ajudar. Fazer um pouquinho aqui pra nós já é bastante pra eles”, comenta.  Quem não pode ajudar através do voluntariado encontra outra forma de somar com a causa. Bruno Mouzart, de 28 anos, visitou o centro para deixar pacotes de doações. Hoje, o gerente comercial deixou 20 fardos de água, além de pastas de dente, absorventes, fraldas infantis, lenços umedecidos e sapatos.  Na empresa que trabalha, Bruno sempre participa de campanhas solidárias voltadas para instituições do Estado. Agora, ele presta apoio ao estado atingido pelas chuvas. “O ato de doar é muito importante visto que o Rio Grande do Sul está passando por um grande problema. Viemos fazer a nossa parte”, afirma. ‘MS Pela Vida’ - No Albano Franco, voluntários como Wallace e Luiz dividem espaço com policiais militares, bombeiros e soldados de diversas unidades.  Neste momento, a PM está realocando policiais de batalhões especializados, territoriais e de diferentes setores para trabalharem no centro de arrecadações.  Coronel da Polícia Militar, Luís Antônio Sabraga explica que nos últimos cinco dias 1500 polícias participaram da ação ‘MS Pela Vida’. “Estamos dando uma atenção muito especial aqui para tentar minimizar o sofrimento do povo gaúcho. Todos estão engajados nesta missão que na verdade transcende a missão constitucional. É uma ação de caráter humanitário”, ressalta.  Brigadeiro da Força Aérea, Eric Breviglieri é responsável pelo efetivo de militares que está nesta terça-feira no Albano Franco. Além de auxiliar no centro de arrecadação, ele menciona que a Força Aérea presta apoio de outras formas.  “Nós atuamos junto com as defesas civis do Rio Grande do Sul e daqui. Hoje, por exemplo, uma aeronave está indo para Brasília e vamos levar um carregamento de água. Lá escoamos os carregamentos para o Rio Grande do Sul via terrestre”, esclarece.  Gerente executiva do Sesi e responsável pela operação ‘MS Pela Vida’, Thallita Bressan reforça o pedido de doação de roupas em boas condições de uso. Isso porque algumas das peças recebidas estão chegando com algum tipo de dano.  “A estimativa é que 10% das roupas chegam com alguma avaria. As equipes do Senai de corte e costura estão dando esse apoio para o conserto rápido das roupas, mas a gente sempre pede que as pessoas doem roupas em boas condições”, afirma.  Para ajudar no trabalho, a instituição pede prioridade em doações de água e alimentos não perecíveis. Os interessados em doar também podem ir ao endereço de carro, pois os voluntários estão pegando as doações no sistema drive-thru.  Na segunda-feira (13), o ‘MS Pela Vida’ recebeu 13.3 mil peças de roupa, 6.3 mil unidades de água mineral, 780 unidades de kit dormitórios com cobertor, travesseiro, lençol e fronha, 154 unidades de produtos de higiene, 114 de material de limpeza, 50 kg de alimentos não perecíveis. Até o momento, a prioridade de doações é água e alimentos não perecíveis. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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