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A impunidade dos golpistas grandões da terra de Fátima de Tubarão

Fátima de Tubarão Moisés Mendes*, em seu Blog O grito de guerra de Fátima de Tubarão foi ouvido ao vivo, no ataque de 8 de janeiro a Brasília. Foi compartilhado nas redes do fascismo e depois apareceu até no Fantástico. Pelo ativismo radical, pelos 67 anos, pelo apelido e por ser de Santa Catarina, a […]

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Fátima de Tubarão

Moisés Mendes*, em seu Blog

O grito de guerra de Fátima de Tubarão foi ouvido ao vivo, no ataque de 8 de janeiro a Brasília. Foi compartilhado nas redes do fascismo e depois apareceu até no Fantástico.

Pelo ativismo radical, pelos 67 anos, pelo apelido e por ser de Santa Catarina, a terra do mais estrondoso bolsonarismo, Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza ficou sendo a mais famosa entre todos os invasores de Brasília.

Fátima gritava: “Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão”. Nem ela, nem os mais de 5 mil invasores, nem os acampados diante do QG do Exército, nenhum deles seria capaz de pegar Alexandre de Moraes.

Saiba mais: Vizinhos dizem que Fátima de Tubarão virou ‘patriota’ do dia para a noite

Mas os líderes, os que não apareceram em Brasília, os que levaram Fátima até lá e depois se esconderam, esses poderiam pegar quem quisessem se o golpe tivesse dado certo.

Como a condenada mais famosa é Fátima, o sistema de Justiça acaba sendo personagem de um constrangimento. A idosa é do reduto da extrema direita brasileira, o Estado com o mais descarado engajamento do poder econômico ao projeto de manutenção de Bolsonaro no governo a qualquer custo.

E ninguém da estrutura do golpe em Santa Catarina, montada muito antes do 8 de janeiro, foi indiciado até agora. Gente que, pela arrogância e por ter dinheiro e lugar de fala, fez até discursos explosivos em restaurantes pregando o bloqueio de estradas, depois da eleição. Porque a ameaça era o comunismo.

Santa Catarina montou em Itajaí o maior acampamento golpista protegido pelos militares. Resistiu a desmontar barreiras de caminhões nas estradas. Comandou pregações nas redes e ações que impedissem a posse de Lula ou sua permanência no governo.

E Fátima de Tubarão é até agora a cara do extremismo catarinense já punido, condenada por abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

A idosa sabia o que fazia quando agia em Tubarão como traficante e estelionatária e que por isso poderia pegar cadeia. Mas o que poderia saber sobre abolição violenta do Estado de direito, se nem os juristas se entendem se foi isso mesmo o que ela tentou fazer no 8 de janeiro?

Os invasores foram a arruela de um parafuso frouxo na engrenagem do golpe. Fátima foi usada para ajudar na provocação do caos, para que depois os golpistas decidissem o que fazer.

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O caos foi uma baderna, os chefes a abandonaram e estão por aí. O poder econômico de Santa Catarina que financiou estruturas e planos da extrema direita, desde a formação do gabinete do ódio até a cena do patriota grudado ao para-brisa do caminhão, está impune.

Alexandre de Moraes sabe que há entre eles contrabandistas, sonegadores, agiotas, lavadores de dinheiro. As baleias-francas de Imbituba sabem. As gaivotas de Itajaí são sabedoras há muito tempo.

São os grandes financiadores, as vozes mais potentes e influentes, os mais respeitados em suas cidades. O bolsonarismo catarinense não existiria como o mais fiel e ativo do país sem o suporte dos seus poderosos endinheirados.

E todos estão até agora longe do alcance do sistema de Justiça que condena Fátima de Tubarão a 17 anos de cadeia, mas não consegue estender o braço para pegar os núcleos civil, militar, empresarial e miliciano da extrema direita em suas bases.

Coloquem uma tornozeleira em Fátima de Tubarão, para que volte para casa, e ofereçam a vaga dela na prisão aos grandes golpistas de Santa Catarina.

É improvável que Fátima venha a ser uma golpista reincidente. Mas os golpistas com dinheiro sabem bem o que fizeram. Sabem que estão escapando e se reestruturando e que poderão tentar fazer tudo de novo.

*Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre. É autor do livro de crônicas Todos querem ser Mujica (Editora Diadorim).

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