PP estadual dá prazo de defesa para Paulo Daher, que corre risco de ser expulso da legenda

O diretório estadual do PP notificou, na última quarta-feira, 7, o presidente municipal da legenda, Paulo Daher, sobre a possibilidade de sua expulsão após a confusão envolvendo o desfecho da convenção partidária de Goiânia. Daher tem o prazo de oito dias, contados a partir de quarta, para apresentar sua defesa. Após isso, a comissão de ética do PP deve se reunir até o dia 20 de agosto para avaliar a expulsão, ou não, do presidente da sigla.

A iniciativa da cúpula estadual vem após a convenção municipal do PP, liderada por Paulo Daher. Os membros o acusam de ter atropelado as orientações da estadual e o encaminhamento dos candidatos a vereador do PP ao fechar o apoio a Vanderlan Cardoso (PSD), indicando seu próprio nome como vice do pessedista, uma vez que o partido já estava garantido na base governista de apoio a Sandro Mabel (UB).

Presidente do PP em Goiás, Alexandre Baldy se referiu à ata da convenção municipal registrada no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como “fraudulenta”. Tanto é que o deputado federal Adriano do Baldy, membro do diretório estadual, convocou uma convenção paralela e, contando com a maioria das assinaturas dos membros da comissão provisória municipal, registrou uma ata retificada, com o PP na coligação de Sandro Mabel, candidato da base caiadista à Prefeitura de Goiânia.

Vale destacar que Paulo Daher chegou a ser afastado da presidência do partido em Goiânia, mas conseguiu voltar após uma decisão judicial. A reportagem tenta contato com o presidente. O espaço permanece aberto.

Registro de chapa

O candidato Sandro Mabel registrou sua chapa para concorrer à Prefeitura de Goiânia na última quarta-feira, 7, no sistema do TSE. No registro feito, Mabel inclui o PP em sua coligação.

Enquanto isso, a Justiça Eleitoral determinou que o PP dê acesso ao CandEx (sistema do TSE para registro de chapas) à comissão provisória da legenda em Goiânia, o que possibilita a Paulo Daher fazer o registro de candidaturas na capital e, automaticamente, registrar a si mesmo como candidato a vice de Vanderlan Cardoso.

A situação pressupõe que ambos os candidatos (Mabel e Vanderlan) devem levar a judicialização da questão adiante.

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