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“Estar aqui é ver as portas do céu abertas para todos”: reportagem no Iraque, na maior peregrinação anual do mundo

Há 1344 anos, um homem foi morto numa batalha desigual na cidade de Karbala, hoje no sul do Iraque, a 100 quilómetros de Bagdade. Chamava-se Hussein bin Ali, era neto do profeta Muhammad e não tinha nenhum poder sobrenatural. Lutava pela liberdade de praticar livremente a sua religião e é até hoje a figura mais venerada do Islão xiita, um revolucionário do passado que move milhões no presente. Este ano, as celebrações de Arbaeen, que marcam os 40 dias após a morte de Husein em 680 d.C, trouxeram mais 21 milhões ao Iraque. Há quem tema que toda esta força possa ser mobilizada contra o Ocidente numa guerra generalizada no Médio Oriente

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