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Ex-funcionário do X no Brasil fala sobre fechamento do escritório da rede social

Um ex-funcionário do X (antigo Twitter) relatou sua experiência com o fechamento do escritório da rede social no Brasil. O último local utilizado pelo X no país foi fechado há cerca de 15 dias por ordens do dono da rede social, Elon Musk, durante atritos com o ministro do Supremo Tribunal Federa (STF), Alexandre de Moraes. As informações são do portal G1.

Para o profissional, que não quis se identificar, o fechamento foi inesperado. “Por mais que eu soubesse do aumento das tensões do X no Brasil, os resultados da equipe estavam ótimos, e não achei que isso ia acontecer”, diz.

No dia 15 de agosto, segundo ele, houve uma reunião on-line da equipe de cerca de 35 pessoas com a diretora-executiva da empresa, Linda Yaccarino, e outros profissionais. “Na chamada, eles mencionaram preocupações com o cenário da operação brasileira do X e deram a entender que haveria mudanças. Mas, em nenhum momento, falaram em fechar o escritório”, explicou o ex-funcionário.

Já no sábado, dois dias depois da reunião, a equipe foi convocada para mais um encontro. “Eu estranhei, porque esse tipo de compromisso no final de semana não era comum no X. Mas, como era com a CEO, imaginei que seria algo importante”. Após isso, o fechamento do escritório no Brasil foi anunciado e os funcionários da big tech perderam seus empregos.

De acordo com o profissional, a reunião durou cerca de 15 minutos. A diretora-executiva atribuiu o fechamento do escritório a “complexidades legais”.

“Menos de uma hora depois, meus acessos ao sistema da empresa já tinham sido bloqueados. De maneira geral, foi muito frustrante, principalmente porque o trabalho da equipe estava indo muito bem e tínhamos planos pela frente ”, relata.

O RH do X teria entrado em contato pouco tempo depois por e-mail. Nos dias seguintes foram pagas as verbas rescisórias, com exceção da multa do FGTS.

De acordo com o ex-funcionário, o RH da empresa era feito por uma empresa terceirizada. Na última sexta-feira, 30, essa empresa teria informado que, devido ao bloqueio das contas da Starlink, também de propriedade de Elon Musk, não haveria previsão para deposito do FGTS.

Suspensão do X

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a suspensão imediata da rede social X em todo o Brasil nesta sexta-feira, 30, após a empresa não nomear um representante legal no país, conforme exigido pela legislação brasileira.

A decisão, que exige que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) corte o acesso à plataforma em até 24 horas, foi tomada após o X não cumprir o prazo de 24 horas dado pelo ministro na última quarta-feira, 28. Esse prazo expirou às 20h07 de quinta.

Além da falta de um representante legal, a empresa não pagou multas acumuladas, que já somam R$ 18 milhões, por desobedecer ordens judiciais para remover perfis que disseminam desinformação e atacam instituições democráticas.

O X havia fechado seu escritório no Brasil em 17 de agosto, alegando que Moraes ameaçou prender a representante legal da empresa no país. O bilionário Elon Musk, proprietário do X, vem criticando publicamente as decisões de Moraes nas redes sociais, inclusive reafirmando sua posição contrária nesta quinta-feira.

Apesar do encerramento do escritório no Brasil, o X continuou operando para usuários brasileiros, mas agora enfrenta um bloqueio imposto por Moraes às contas da empresa Starlink Holding, também de propriedade de Musk.

Em resposta, o X chamou as decisões de Moraes de “inconstitucionais” e anunciou que pretende recorrer judicialmente. Musk, por sua vez, defendeu a separação entre as operações da SpaceX, controlada pela Starlink, e o X (antigo Twitter), enfatizando que são empresas distintas, apesar de possuir 40% das ações da rede social.

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