World News

Prefeito bolsonarista que demitiu professor gay por “não tolerar viadagem” é preso por corrupção

O prefeito Clésio Salvaro

O prefeito de Criciúma (SC), Clésio Salvaro, foi preso na manhã desta terça-feira (3) durante uma operação conjunta do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e do Grupo Especial Anticorrupção (Geac).

Ao todo, foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva, incluindo o do prefeito. A operação investiga uma organização criminosa acusada de fraudes licitatórias e contratuais, corrupção e crimes contra a ordem econômica, relacionados à concessão de serviços funerários em Criciúma.

A denúncia contra o grupo, composto por empresários e agentes públicos, foi apresentada no dia 20 de agosto pelo Ministério Público de Santa Catarina.

Clésio Salvaro

Apoiador de Jair Bolsonaro, o prefeito Clésio Salvaro ganhou as manchetes no início deste ano por proibir um show da banda Planet Hemp em Criciúma.

Na ocasião, a banda de Marcelo D2 havia sido convidada para tocar num festival de música realizado na cidade catarinense, mas Clésio Salvaro alegou que o espaço era destinada para “receber pessoas e famílias de bem”.

Em 2021, o mesmo prefeito demitiu um professor de artes da rede municipal de ensino que exibiu em sala de aula, para alunos de 15 anos, o clipe da música Etérea, do cantor Criolo, que tem contexto LGBTQIA+.

“Não permitimos, não toleramos, está demitido o profissional. Nas escolas do município, enquanto eu estiver aqui de plantão, isso não vai acontecer, esse tipo de atitude, essa ‘viadagem’ na sala de aula, nós não concordamos. E se os pais souberem de algo parecido que foi exposto para os seus filhos, por favor, entrem em contato com o município”, afirmou.

Na época, o cantor Criolo lamentou o episódio e lembrou que o clipe e o documentário já foram exibidos em mais de 30 festivais de cinema e instituições de arte, música e dança.

Santa Catarina bate recorde de prefeitos presos

Estado mais bolsonarista do Brasil, Santa Catarina soma ao menos 28 prisões de gestores públicos nos últimos quatro anos. Os quase 30 representantes municipais foram detidos em ações do Ministério Público e da Polícia Civil. Quase todos são do PL, MDB, PP e PSD.

O primeiro caso ocorreu em agosto de 2020, com a prisão de Orildo Severgnini, então prefeito de Major Vieira, no Norte de Santa Catarina. Ele foi detido na segunda fase na operação ‘Et Pater Filium’, que investigava crimes de corrupção, fraude em licitação e lavagem de dinheiro.

→ SE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI… Saiba que o Pragmatismo não tem investidores e não está entre os veículos que recebem publicidade estatal do governo. Fazer jornalismo custa caro. Com apenas R$ 1 REAL você nos ajuda a pagar nossos profissionais e a estrutura. Seu apoio é muito importante e fortalece a mídia independente. Doe através da chave-pix: pragmatismopolitico@gmail.com

O post Prefeito bolsonarista que demitiu professor gay por “não tolerar viadagem” é preso por corrupção apareceu primeiro em Pragmatismo Político.

Читайте на 123ru.net