Saudade do caderno de caligrafia
Gosto de Clarice Lispector! Suas crônicas me tocam a alma, arrepiam os pensamentos. Há dias estou digerindo a seguinte frase: "tomar um pé no traseiro."
Acredito que a assertiva tenha sido aventada de tanto ouvir o ingrato. De ingratos, o mundo está cheio. Há uma candura poética na atitude de ser bobo, de levar um pé no traseiro. Aqueles que atiram pés nos traseiros alheios não são bobos, muito menos atenciosos. Olham, mas não veem.
Para o senso comum, reconhecimento é diverso de julgamento. Nele o reconhecimento é valorativo, enquanto o julgamento é depreciativo. A vantagem de ser bobo, segundo Clarice Lispector, é a de ter uma boa-fé imensurável, não desconfiando das maledicências do outro; crendo, piamente, sem reticências. Leia mais (09/09/2024 - 16h04)
Acredito que a assertiva tenha sido aventada de tanto ouvir o ingrato. De ingratos, o mundo está cheio. Há uma candura poética na atitude de ser bobo, de levar um pé no traseiro. Aqueles que atiram pés nos traseiros alheios não são bobos, muito menos atenciosos. Olham, mas não veem.
Para o senso comum, reconhecimento é diverso de julgamento. Nele o reconhecimento é valorativo, enquanto o julgamento é depreciativo. A vantagem de ser bobo, segundo Clarice Lispector, é a de ter uma boa-fé imensurável, não desconfiando das maledicências do outro; crendo, piamente, sem reticências. Leia mais (09/09/2024 - 16h04)