Eleições presidenciais na Argélia revelam um país nas mãos de um “regime militar com fachada civil” e um Presidente “assim-assim”
Abdelmadjid Tebboune foi reeleito Presidente da Argélia com 95% dos votos. Este resultado faraónico, que só rivaliza com as “eleições” promovidas por regimes autocráticos, revela “um regime com fachada civil onde os principais decisores são os generais", diz ao Expresso um historiador francês. Paralelamente, a baixa taxa de participação expõe uma grande rejeição popular. “A Argélia tem um problema de mudança geracional”, complementa um politólogo português, “que equivale a uma visão de transferência de poder dos militares para os civis”