Veja quais marcas e empresas romperam relações com Diddy após denúncias de abuso

Os escândalos e denúncias envolvendo o rapper Sean “Diddy” Combs, também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, já provocaram reações significativas no mercado, com diversas empresas rompendo parcerias e retirando apoios ao cantor, mesmo antes de sua prisão em 16 de setembro. O rapper foi detido em Nova York, nos Estados Unidos, sob suspeitas de tráfico sexual e agressão, após meses de investigações. Combs nega as acusações, mas ainda aguarda julgamento.

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As repercussões começaram em 2023, quando a cantora Cassie Ventura, ex-namorada do artista, o acusou de estupro e abusos físicos. A denúncia de Cassie desencadeou um movimento de distanciamento do mercado em relação a Diddy, culminando, inclusive, no cancelamento de um reality show que contava com sua participação. As investigações e as acusações, que seguem em curso, abalaram profundamente a imagem pública do rapper, um dos nomes mais influentes da indústria da música estadunidense.

Veja quais empresas romperam relações com P. Diddy após a repercussão das denúncias de abuso: 

Reality “Diddy+7”

O serviço de streaming Hulu havia iniciado o desenvolvimento de um reality show que acompanharia a vida de Sean “Diddy” Combs e sua família, mas o projeto foi cancelado, segundo informações da revista Variety em dezembro de 2023. Intitulado Diddy+7, o programa ainda estava em suas fases iniciais de produção e seria realizado pela Fulwell 73, produtora associada ao apresentador James Corden. A decisão de cancelar o reality ocorre em meio às recentes controvérsias envolvendo o rapper, que enfrenta acusações graves e investigações em andamento.

Revolt TV

Em novembro de 2023, Sean “Diddy” Combs anunciou que deixaria temporariamente a presidência da Revolt TV, rede de TV a cabo que ele co-fundou em 2013. A decisão de se afastar da Revolt TV não foi acompanhada de manifestações públicas de sócios ou funcionários. 

No entanto, apenas quatro meses depois, o site TMZ divulgou que Diddy havia vendido todas as suas ações na emissora. O valor da transação não foi revelado, mas o movimento marca um afastamento significativo do rapper em relação a um de seus principais empreendimentos no setor de mídia.

Capital Preparatory Harlem

A escola Capital Preparatory Harlem foi fundada, entre outras pessoas, por Diddy. A instituição cortou laços com o cantor no ano passado, após três denúncias de abuso sexual contra o artista.

O cofundador da instituição Dr. Steve Perry, afirmou em comunicado: “Embora esta decisão não tenha sido tomada de forma leviana, acreditamos firmemente que é de grande interesse para a saúde e o futuro da nossa organização”.

A Capital Preparatory Harlem é uma escola que recebe crianças de 6 a 12 anos aplicando uma  educação preparatória para o ingresso na faculdade.

Peloton

Em maio de 2024, a Peloton, uma das maiores plataformas de treinos online, anunciou aos seus usuários que iria suspender temporariamente o uso de qualquer música gravada por Sean “Diddy” Combs. Além disso, a empresa informou que seus instrutores não incluiriam mais as canções do artista em novas aulas ou séries de exercícios. A medida marca mais um exemplo do afastamento de Diddy do cenário comercial, enquanto seu nome permanece envolvido em polêmicas e investigações.

Howard University

A Howard University, instituição que o rapper frequentou entre os anos de 1987 e 1989, também rompeu laços com Diddy.

O rapper tinha o título honorário da entidade, mas o mesmo foi revogado dez anos depois, após escolha unânime do Conselho Administrativo da Howard University. A instituição disse que as imagens (da agressão à ex-namorada) “são incompatíveis com os valores e crenças” da universidade.

Além disso, a bolsa criada em nome do artista em 2016 vai ser cancelada, devolvendo a doação de US$1 milhão feita por Diddy para manter o programa.

America’s Best Contacts & Eyeglasses

Em maio de 2024, a America’s Best Contacts & Eyeglasses anunciou a interrupção da venda de armações de óculos da linha Sean John, marca de moda masculina criada por Sean “Diddy” Combs em 1998. A varejista informou que retirou os produtos das prateleiras de suas lojas físicas e substituiu por alternativas de preços similares. Além disso, as armações da linha Sean John foram removidas de suas plataformas de venda online. Essa decisão reflete o crescente distanciamento de empresas em relação ao artista, em meio a um cenário repleto de controvérsias e investigações.

Plataforma Empower Global

Em julho de 2023, Sean “Diddy” Combs lançou a Empower Global, uma plataforma de comércio eletrônico dedicada a promover produtos exclusivamente de empresários negros. No entanto, em dezembro do mesmo ano, 18 marcas confirmaram que haviam rompido suas parcerias com a empresa.

Entre as que se distanciaram, a fundadora da House of Takura, Annette Njau, foi uma das primeiras a se pronunciar. “Levamos muito a sério as acusações contra o Sr. Combs e consideramos tal comportamento abominável e intolerável. Acreditamos nos direitos das vítimas e apoiamos as vítimas a falarem a sua verdade, mesmo contra as pessoas mais poderosas”, afirmou Annette.

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