O fim da “guerra” em Gaza está cada vez mais distante
Ao matar Yahya Sinwar, um dos líderes do Hamas, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanhyahu conseguiu seu grande troféu em uma guerra que dura mais de um ano que já culminou na morte de mais de 40 mil pessoas. Porém, a morte de Sinwar não significa que o fim da guerra está próximo, mas sim cada vez mais distante.
Sendo o maior líder do Hamas, Sinwar sempre foi o alvo ideal para que Netanyahu tivesse algo para apresentar para a comunidade internacional após matar milhares de crianças e mulheres. Agora, com sua morte, algo mais intenso pode ocorrer em Gaza.
Protegido pelo Irã, o então líder do Hamas sempre foi um homem forte na tomada de decisões do braço militar do partido palestino. Um homem respeitado em todo o oriente médio, Sinwar sempre foi embativo em suas declarações sobre a luta travada pelo povo palestino, tanto em Gaza quanto na Cisjordánia. Em entrevista recente, ele afirmou que a Palestina não será “uma vítima imóvel enquanto é assassinada”.
Agora, sem sua liderança, o Hamas ainda deve continuar seus embates tanto dentro quanto fora de Gaza. Sob nova liderança, que ainda não foi anunciada, o conflito dentro de Gaza pode se tornar mais intenso e causar a morte de muitos civis, grande parte deles palestinos.
Israel conseguiu o que queria e pode conseguir ainda mais: elevar a guerra para outros níveis. Caso Netanyahu se torne mais confiante sobre seus apoios ele pode ir atrás do que sempre quis: uma invasão do Irã. Neste caso, os danos seriam catastróficos tanto para o Oriente Médio quanto para o resto do mundo.
O alargamento dessa guerra, que já chegou ao Líbano, pode dar a Netanyahu a oportunidade perfeita de trazer os Estados Unidos para dentro de suas guerras. Caso isso aconteça, Israel finalmente se mostrará “imparável” e apostar ainda mais na maquina de guerra para conquistar do Rio Jordão ao Mar Mediterrâneo.
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