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Em Goiânia, maternidades suspendem atendimentos por falta de pagamento: “Desabastecimento de todo e qualquer tipo de medicamento”

Agravando o colapso na saúde municipal, as três maternidades públicas de Goiânia suspenderam os atendimentos por falta de repasse da prefeitura municipal. Apenas casos de urgência e emergência estão sendo recebidos no Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) e Maternidade Nascer Cidadã (MNC). 

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que está em contato com a Fundahc para regularizar o atendimento. A pasta também negocia com fornecedores para normalizar o serviço. Veja a nota na íntegra ao final da matéria.

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Na última sexta-feira, 18, médicos pediatras do HMDI suspenderam todos os atendimentos noturnos. As gestantes que buscaram a unidade de saúde foram encaminhadas para o Hospital da Mulher (Hemu). Os serviços de urgência e emergência foram retomados no sábado, 19, de acordo com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) da Universidade Federal de Goiás (UFG).

“Hoje eu falo de desabastecimento de todo e qualquer tipo de medicamento, de serviços básicos como a alimentação, que não tem permitido a oferta de serviço assistencial. Com isso, alguns planos de contingenciamento já têm sido feitos, como a suspensão de cirurgias eletivas, atendimentos ambulatoriais”, explicou a diretora-executiva da Fundahc, Lucilene Sousa.

Juntas, as maternidades deixaram de realizar 19 mil procedimentos desde o início da suspensão dos atendimentos, incluindo cirurgias, exames e consultas, segundo Lucilene. Em agosto, as unidades de saúde já haviam suspendido os atendimentos por falta de pagamento.

Na ocasião, pacientes não conseguiram novas internações, realizar consultas agendadas, exames de ultrassonografia e de mamografia. Lucilene afirmou que o cenário vivido pelos funcionários das maternidades se agravou desde a primeira suspensão. 

“Isso não começou agora, já tem um histórico. A nossa grande preocupação é a questão do colapso da saúde materna e infantil no município de Goiânia. Essas três maternidades não prestam atendimento somente para Goiânia, mas também para municípios circunvizinhos e até outros estados”, disse.

Comitê 

A diretora-executiva da Fundahc explicou que propôs um comitê de crise, que será composto por técnicos de órgãos representantes de profissionais da saúde. A ação visa avaliar as condições para a manutenção do serviço prestado à população. 

No início de outubro, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinou o bloqueio de aplicação financeira ou depósito bancário nas contas vinculadas ao Fundo Municipal de Saúde da Prefeitura de Goiânia para garantir o repasse referente ao mês de agosto de 2024 para as maternidades e sugeriu o bloqueio de até R$ 6.895.584,93.

Nota Prefeitura de Goiânia

A Secretaria Municipal de Saúde está em contato com a Fundahc/UFG enquanto se definem os repasses financeiros. A pasta também negocia com fornecedores, juntamente com a Fundahc, para que todo o serviço seja normalizado.

A expectativa é que o diálogo entre as instituições se mantenha aberto, buscando garantir a normalização plena dos serviços prestados à população.

Ressalta-se que os atendimentos de urgência e emergência foram retomados no Hospital Municipal Dona Iris (HMDI) nesta manhã, e todas as unidades de saúde geridas, incluindo o Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) e a Maternidade Nascer Cidadã (MNC), permanecem funcionando normalmente”.

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