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Uma trágica história sobre um esquilo pode decidir as eleições nos EUA?

Com uma disputa acirrada entre Donald Trump e Kamala Harris, os americanos decidem na próxima terça-feira, 5, quem será o próximo presidente dos Estados Unidos. Segundo as últimas pesquisas eleitorais, os dois estão empatados tecnicamente em proporção de votos e em estados chave. Por isso, qualquer problema nas últimas horas de campanha pode ser fatal.

A última pesquisa realizada pela rede de televisão americana CNN aponta 48% dos votos para a democrata e 47% para o republicano. No entanto, essa não é a métrica que vale para decidir o próximo presidente. Lembrando que as eleições presidenciais nos EUA são indiretas, não há votos diretos para o candidato, mas para membros do Colégio Eleitoral.

A partir dos votos, com base nas regras eleitorais do estado, os delegados do Colégio Eleitoral realizam o voto oficial. Seja no formato que o vencedor no estado leva todos os votos ou a distribuição proporcional, com base nos votos, como no Maine e Nebraska. Por isso, um candidato pode até ter a maioria dos votos no geral, mas ainda pode perder.

Na corrida pelos estados, várias localidades consideradas “swing states”, sem uma tendência de votação própria, estão empatadas tecnicamente. Por exemplo, a última pesquisa do New York Times/Siena College apontou empate na Geórgia, Michigan e Pensilvânia, além de resultados “apertados” na Carolina do Norte, Nevada e Wisconsin.

Por isso, qualquer situação nas últimas horas para votação pode ser prejudicial para qualquer campanha. Qualquer escândalo ou ruído por influenciar eleitores ainda indecisos e mudar o patamar de um estado considerado chave. E não precisa nem ser uma situação envolvendo a campanha dos próprios candidatos, uma associação já pode ser suficiente.

Por exemplo, na última semana, o Departamento de Conservação Ambiental de Nova Iorque irritou a opinião pública com o caso do esquilo Peanut. Um caso semelhante ao da capivara Filó com o influenciador Agenor Tupinambá, mas com um fim muito trágico.

Peanut era um esquilo selvagem, mas que perdeu a manhã atropelada quando era um filhote e foi adotado por civis. Ele viveu sete anos com a família de humanos e era uma celebridade nas redes sociais, com mais de 600 mil seguidores. Fora que estava em processo para obter a certificação como animal educacional.

Entretanto, o Departamento de Conservação Ambiental atendeu a uma denúncia e prendeu os donos do animal, além de apreender Peanut e outro animal de vivia com a família, um guaxinim chamado Fred. Durante esse procedimento, o esquilo mordeu um dos envolvidos na investigação e os dois animais precisaram ser sacrificados para testar se eles estavam com raiva.

O caso revoltou as redes sociais no Estados Unidos e no mundo, muitos criticaram o governo pela forma lidada com a situação. Diversas pessoas apontaram que houve excessos e insensibilidade, além considerar as mortes dos animais como evitáveis.

Ao mesmo tempo, como o estado de Nova Iorque é governado pela democrata Kathy Hochul e é historicamente democrata, republicanos e apoiadores de Trump (incluindo o próprio candidato) usaram a situação em favor da própria campanha. Eles citam a situação como uma “demonstração” de como seria uma possível administração de Harris no país. O debate sobre os limites do governo também reascendeu com força no país após o caso.

Como dito anteriormente, com uma disputa tão acirrada, qualquer situação pode comprometer uma campanha durante nas últimas horas. Diversos veículos de comunicação dos EUA e do mundo apontam até a possibilidade da morte do esquilo poder decidir o pleito, já que a situação inflamou os ânimos da opinião pública no país.

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