Santa Casa anuncia retorno de cirurgias e atendimentos após negociação com anestesistas
A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia anunciou, nesta segunda-feira, 4, o retorno dos atendimentos e das cirurgias durante visita do prefeito eleito, Sandro Mabel (UB). O hospital filantrópico havia suspendido parte da prestação de serviços devido à dívida da Prefeitura de Goiânia com a unidade. O valor da dívida do Paço com a entidade é de mais de R$ 16, o que motivou uma paralisação dos médicos anestesistas. O anúncio ocorreu durante comemoração dos 88 anos da instituição.
A superintendente-geral da unidade, Irani Ribeiro, destacou que o retorno foi acertado durante reunião com fornecedores, em especial a Cooperativa dos Médicos Anestesistas de Goiás (Coopanest-GO). “Sabendo que você vai ser prefeito e conhecendo você, fizemos uma reunião com a Copanest e firmamos um contrato de quatro meses que vamos arduamente pagar e depois vamos levar a conta para você”. Quero dizer que a Santa Casa retoma suas cirurgias e seus atendimentos”, disse Irani ao prefeito.
Presidente da Coopanest, Haroldo Maciel Carneiro, lembra que o grupo encerrou o contrato com a Prefeitura de Goiânia após inúmeros atrasados e uma dívida que ultrapassa os R$ 27 milhões. Ele conta que a reunião com representantes da Santa Casa ocorreu na semana passada e que o contrato de quatro meses é um voto de confiança com a nova gestão. “Já fizemos o contrato e essa semana as cirurgias que estão represadas voltam a ser feitas. É um momento importante para reconstruir o que foi destruído nessa gestão”, aponta.
Repasses direto
Sando Mabel comunicou, durante o evento, que os recursos das emendas parlamentares passarão a ser repassados diretamente para os hospitais filantrópicos. “O dinheiro que chegar ao município vai ser repassado diretamente. Vou ter um cuidado muito grande com a cidade, especialmente com a área da saúde”, destacou.
Para isso, as entidades deverão nomear um gestor que irá trabalhar dentro da secretaria de finanças do município para direcionar as verbas para esses hospitais. “Não tem porquê a prefeitura ficar com um dinheiro que não é dela. Se já vem do governo federal e precisa passar para Prefeitura, ele vai passar, mas vai para seu destino na mesma hora. Esse é um dos compromissos que eu fiz que considero fundamentais para melhorar a nossa saúde”, enfatizou Mabel.
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