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PM preso por crime no Oxxo matou 3 pessoas em 10 meses; média é considerada ‘boa’ por Derrite

Momento que o PM Vinícius Britto entrou, sem farda, na loja Oxxo, pouco antes de executar Gabriel Renan

Josmar Jozino, UOL

Em 10 meses como policial militar, o soldado Vinícius de Lima Britto, 24, matou três pessoas. A última foi Gabriel Renan da Silva Soares, 26. O jovem negro levou 11 tiros após cometer um furto em um mercado no Jardim Prudência, zona sul paulistana, em 3 de novembro.

Saiba mais: Imagens mostram que sobrinho do rapper Eduardo Taddeo foi executado com 8 tiros pelas costas

Por esse crime, Britto, que é filho do ex-jogador de futebol Cláudio Britto, teve a prisão preventiva decretada pela juíza Michelle Porto de Medeiros Cunha Carreiro, da 5ª Vara do Júri da Capital. O soldado foi preso na noite de ontem e deve ficar recolhido no Presídio Militar Romão Gomes.

Se não fosse flagrado por câmeras de segurança atirando pelas costas de Gabriel, durante um bico, Britto poderia ser avaliado por Guilherme Derrite como um bom PM. O secretário da Segurança Pública de São Paulo chegou a dizer que policial bom deve ter ao menos três homicídios no currículo.

As mortes atribuídas ao soldado

As outras duas mortes atribuídas ao PM aconteceram em São Vicente, na Baixada Santista, conforme noticiou o jornalista Adriano Wilkson, no site “o joio e o trigo”. A reportagem diz que em menos de um ano após tomar posse, Britto, outro soldado e um grupo de amigos foram assaltados.

Vinicius e o colega de farda David dos Santos Souza reagiram e mataram Matheus Quintino e Davi Ferreira. Os dois assaltantes registravam antecedentes criminais por roubo e tentativa de homicídio contra policiais. Um dos acusados levou nove tiros.

Reprovado no exame psicológico

Em 2021, quando prestou concurso na Polícia Militar, Britto foi reprovado no exame psicológico. Ele recorreu da decisão e entrou com liminar contra a Fazenda Pública. Após a extinção do processo, em novembro de 2022, foi aprovado em um segundo concurso.

Ao decretar a prisão preventiva do soldado, a juíza observou na decisão anunciada ontem (5) que o soldado Vinícius de Lima Britto “excedeu em muito os limites da sua atividade, em flagrante deturpação da finalidade da Polícia Militar”.

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A magistrada acrescentou que “a liberdade do réu pode vir a prejudicar a produção livre e desembaraçada da prova, influenciando os depoimentos que serão colhidos e em juízo. “Sua prisão é a garantia da ordem pública e mostra-se conveniente à instrução processual”.

Vítima é sobrinho de rapper; PM é filho de ex-jogador

Gabriel era sobrinho do rapper Eduardo Taddeo, fundador do grupo Facção Central. A advogada da família da vítima, Fátima Taddeo, espera que o policial militar seja pronunciado (levado a júri popular) e condenado pelo crime.

“Eu espero que ele vá a júri e que os jurados julguem o homicídio, o crime cometido por ele e não os atos da vítima”, como vem acontecendo nos últimos anos na maioria dos julgamentos”, argumentou Fátima Taddeo.

O soldado Britto é filho do ex-jogador de futebol Cláudio Britto, 48, um dos maiores ídolos do União Barbarense. O ex-atleta atuou na equipe como meio-campista e também como treinador. Ele encerrou a carreira em março de 2018.

Cláudio Vinícius dos Santos Britto passou por diversos times do Brasil, como Santo André, Rio Branco de Andradas, Atlético Sorocaba, Marília e Caldense.

 

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