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Bolsonaro não tem como escapar das investigações do 8/1

'O STF foi direto no pescoço de Bolsonaro ao afirmar que existem digitais dele nos atos golpistas', escreve o colunista Florestan Fernandes Jr. É grande a expectativa para a solenidade que marcará o primeiro ano da derrota da intentona fascista do dia 8 de janeiro de 2023. Recebi de uma fonte em Brasília o alerta para ficar atento ao ato que reunirá os presidentes dos três poderes da república. Na segunda-feira (08/01) às 15 horas no Senado Federal, é dado como certo que informações sobre os bastidores da tentativa golpista serão revelados. Uma verdadeira bomba! Essa possibilidade é bastante plausível depois da repercussão das entrevistas dadas recentemente pelo ministro Alexandre de Moraes à revista Veja e ao jornal O Globo, dois órgãos da imprensa corporativa, escolhidos a dedo. E não é para menos: ambas as publicações são de direita e ficaram notabilizadas pelas denúncias que abalaram o país em vários momentos dos últimos 40 anos. Se as informações trazidas por Moraes, sobre a existência de planos para a sua prisão e enforcamento pelos golpistas, em plena Praça dos Três Poderes, causaram estarrecimento, imaginem o que pode vir pela frente, quando os meandros e detalhes dessa trama sórdida vierem a ser revelados. A sequência de acontecimentos recentes aponta para essa possibilidade. Em entrevista nesta sexta-feira (05/01), o ministro Gilmar Mendes foi direto no pescoço de Bolsonaro, ao afirmar que as digitais do ex-presidente estão presentes no processo que culminou nos atos terroristas na praça dos três poderes. O decano do STF foi taxativo ao ligar Bolsonaro ao que Rosa Weber definiu como sendo o dia da infâmia. "A responsabilidade política (de Bolsonaro) é inequívoca", disse Gilmar Mendes à Agência France-Presse. O decano do STF acredita que os militares não retiraram os vândalos dos prédios por pressão vinda do grupo próximo ao ex-presidente Bolsonaro. O presidente Lula também deu seus pitacos em entrevista para O Globo e afirmou que Jair Bolsonaro, ao lado do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e das polícias federais, do Exército e do DF fizeram um pacto que garantiu os atos terroristas nos dias que antecederam a posse dele e de Geraldo Alckmin. Todas essas falas não são frases jogadas ao vento, não são despropositadas. Há, por trás disso tudo um intuito maior, de preparar a Nação para as informações que serão tornadas públicas em breve. Alexandre de Moraes, que poderia sequer estar vivo hoje, caso os fascistas tivessem sido exitosos em seu projeto golpista, não tardará a ir para a desforra. Como dizia minha avó: “A vingança é um prato que se come frio”. A mesa já está sendo posta e Alexandre de Moraes tem a oportunidade de apresentar o cardápio à patuleia. Está próximo de tornar público o resultado de boa parte das investigações sobre os atos golpistas. Nós, defensores do estado democrático de direito, continuamos em campanha para que todos os envolvidos sejam punidos, desde o ex-presidente, passando pelos chefes militares e pelos financiadores da intentona fascista. Sem anistia, jamais!

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