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Nísia Trindade: 'temos que fazer a boa e velha saúde pública para combater a dengue no país'

A ministra reforçou a importância do papel dos agentes de saúde para ajudar a população a combater a doença 247 - A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reuniu-se nesta terça-feira (20) com agentes de Combate a Endemias (ACEs) e Comunitários de Saúde (ACSs), além das respectivas lideranças, para reforçar a importância do papel desses profissionais no enfrentamento à dengue. Atualmente, o Brasil conta com mais de 102 mil ACEs e mais de 267 mil ACSs. "Os agentes são mensageiros da saúde, que entram nas casas das pessoas levando a mensagem da saúde e eu ansiava muito por esse encontro com vocês. Esse ano, nós incorporamos a vacina ao SUS, mas ela é uma esperança e não, de fato, um instrumento para esse momento. Temos que fazer a boa e velha saúde pública, trabalhar junto, reforçar a rede de saúde para atender aquelas pessoas que precisam e orientar a população", afirmou.  Entre as ações anunciadas pela pasta, está o aumento do repasse em até R$ 1,5 bilhão para apoiar estados e municípios em ações de vigilância e assistência à população, reforço nas ações de prevenção e controle da dengue, regularização dos estoques de inseticida, treinamento e formação dos profissionais de saúde e dos agentes de combate às endemias em todo país. A vacina, pela limitação de doses disponíveis para o SUS pelo fabricante, é uma das estratégias que se soma às demais ações de combate à dengue que já estão em andamento. O Ministério da Saúde adquiriu todo o estoque disponível de vacinas da dengue do laboratório fabricante - 5,2 milhões de doses que serão entregues entre fevereiro e novembro de 2024. Além dessas, também serão distribuídas 1,32 milhão de doses fornecidas sem custo ao Governo Federal. Para 2025, 9 milhões de doses que estavam disponíveis também foram compradas. É importante reforçar que outras aquisições podem ser feitas se houver nova disponibilidade de doses à pasta. Foi instalado ainda o Centro de Operações de Emergência contra a dengue (COE Dengue). A iniciativa, coordenada pelo Ministério da Saúde, em conjunto com estados e municípios, visa acelerar a organização de estratégias de vigilância frente ao aumento de casos no Brasil, permitindo mais agilidade no monitoramento e análise do cenário para definição de ações adequadas e oportunas para o enfrentamento da doença no país. Os Agentes Comunitários de Saúde existem há 33 anos no Brasil - desde 1991 - e são modelo de criação de vínculo e confiança dos usuários do SUS, que inspira a execução de projetos similares, inclusive internacionalmente, como no sistema de saúde britânico. Já os Agentes de Combate a Endemias desempenham um papel importante como educadores para a cidadania na saúde, pois conhecem intimamente a realidade das comunidades e, durante visitas às residências, estabelecimentos comerciais, depósitos dos mais variados tipos, conseguem orientar e melhorar as condições de saúde da população. Diálogo com hospitais privados e filantrópicos Em outra iniciativa de alinhamento no combate à dengue, a pasta recebeu, no último dia 9, representantes das unidades de saúde privadas e filantrópicas de todo o país. Na ocasião, foram discutidas estratégias para ampliar o acesso às informações de manejo clínico no enfrentamento à doença. O Ministério da Saúde tem ofertado seminários virtuais e treinamentos com o objetivo de atualizar e capacitar os profissionais de saúde. A ideia é que haja uma parceria com os hospitais para promover treinamentos locais. Segundo o secretário de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães, a participação da rede privada de saúde na campanha é imprescindível e a prioridade é atender a população com qualidade. “É essencial que as entidades disseminem para todas as suas equipes que estamos agindo em conjunto para prestar um bom serviço à saúde pública e privada no Brasil”, afirmou. Fórum de governadores As ações contra a dengue também foram debatidas com os estados. No dia 7 de fevereiro, a ministra Nísia participou de um fórum com governadores de todo o país. Chefes do Executivo de oito estados (Goiás, Amazonas, Acre, Rio Grande do Sul, Amapá, Rio Grande do Norte, Tocantins e Bahia) e representantes de outros oito (São Paulo, Ceará, Rondônia, Santa Catarina, Maranhão, Paraná, Pernambuco e Espírito Santo), além do Distrito Federal, acompanharam as discussões. Cada unidade federativa atualizou a situação em que se encontra, inclusive com alguns governadores informando um cenário de estabilidade de casos em seus territórios. * Com informações divulgadas pela Agência Gov. 

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