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"Essa vaga é minha": ação chama atenção de quem estaciona errado

Para conscientizar motoristas da Capital a não estacionarem em vagas preferenciais, a Caped (Coordenadoria de Apoio à Pessoa com Deficiência) e Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) realizam na manhã desta sexta-feira (10) a ação "Esta vaga não é sua nem por um segundo".  No Centro, na Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho, as vagas de estacionamento ganharam por alguns minutos cadeiras de roda com frases impressas: “Só vou ali e já volto”, “Já vou sair” e outras que são usadas como justificativas por quem estaciona no lugar destinado a idosos e cadeirantes.  Além das cadeiras, o movimento trouxe a participação de artistas e música ao vivo. Entre uma canção e outra, os organizadores dão recados como: "Essa vaga não é sua". A ação na cidade, que é realizada desde 2014 quando foi criado o "Maio Amarelo", acompanha a campanha nacional "Nem por 1 minuto essa vaga é sua".  Apesar da pequena mudança de "um minuto" para "um segundo", o recado segue o mesmo. A especialista em Educação de Trânsito da Agetran, Ivanise Rota, comenta que um segundo já faz a diferença para quem realmente precisa da vaga.  “Um segundo que o motorista ocupa a vaga já atrapalha quem precisa. O movimento é importante para lembrar às pessoas o quão importante essas vagas são. Muitos só vão descobrir a importância dessas vagas quando precisarem”, afirma.  A especialista chama a atenção para o fato de que se outras leis de trânsito são respeitadas pelos condutores, então a vaga preferencial também pode ser. Na rotina de trabalho, ela relata que não é incomum ouvir justificativas como as impressas na ação de hoje. “Teve o caso de uma jovem que reclamou na Agetran de que tinha sido autuada por parar na vaga do idoso. Quando ela foi reclamar disse que tinha parado rapidinho”, conta.  Quem também já cansou de ouvir essas e outras desculpas é Susana Vieira, de 40 anos. A cadeirante fala que quem ocupa a vaga preferencial consequentemente dificulta a locomoção da pessoa que usa cadeira de rodas ou tem mobilidade reduzida.  “O importante é focar que essas vagas são pro público preferencial porque muitas vezes elas são pensadas onde já estão rampas preferenciais. Se estacionarem em outro local pode não ter nenhuma rampa de acesso e será preciso subir pela calçada”, explica. A cadeirante estima que de dez condutores que encontra nas ruas da cidade, pelo menos nove estão parados nas vagas exclusivas. “Muitas vezes as pessoas ficam dentro do carro com o pisca-alerta ligado, dizem que vão sair rapidinho e não saem”, afirma.  Joel Faustino, de 47 anos, é outro motorista que sofre com essa situação. Há 14 anos, ele sofreu um acidente de moto em que precisou amputar uma perna. Em Campo Grande, Joel relata que fica com receio de reivindicar pela vaga mesmo precisando dela. “Mesmo sendo direito meu, muitas vezes não encontro vaga livre. A gente fica muito triste com essa situação”, desabafa.  Especialista em trânsito da Agetran, Ivanise Rota lembra que para ter direito a vaga é necessário ter a credencial. O documento, conforme ela, pode ser obtido na Agetran mediante apresentação de comprovante de residência, carteira de identidade ou outro documento com foto. No caso de pessoas com deficiência, é necessário apresentar laudo médico. A credencial é gratuita e emitida no mesmo dia. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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