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Reconhecimento facial "4k" usará dados de 3 forças policiais nas ruas da Capital

Cerca de 50% das câmeras de monitoramento e reconhecimento facial já estão instaladas na região central de Campo Grande. No total são 112, mas apenas 10 terão tecnologia para rastrear as ruas e localizar pessoas suspeitos de crimes ou com mandados de prisão em aberto.  A responsabilidade é da Guarda Civil Metropolitana, que não conta com banco de imagens e por isso vai recorrer aos dados das policias Civil, Militar e Federal, para reunir fotos de rosto e lista de placas de veículos. O número de imagens disponíveis ainda é uma incógnita, assim como o tipo de software a ser empregado, cujos detalhes não foram divulgados. Também não foi definida a data para os equipamentos começarem a operar, mas a previsão é "entre o fim de maio e o início de junho'", disse o secretário da Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), Anderson Gonzaga, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16). No entanto, a primeira fase será apenas de monitoramento das ruas. Só na segunda etapa o reconhecimento facial deve entrar em atividade. As imagens das câmeras da GCM terão resolução 4K. Endereços  - Locais como as ruas 14 de Julho e Rui Barbosa, as avenidas Rachid Neder e Eduardo Elias Zahran, e a região da antiga Rodoviária receberão as câmeras, escolhidos devido ao grande fluxo de pessoas, segundo o secretário. A localização das câmeras com reconhecimento facial foi mantida em sigilo. Um dos cruzamentos monitorados é entre a Rua Rui Barbosa e a Avenida Afonso Pena. Inclusive, por meio dessa câmera de monitoramento, é possível observar a estátua do poeta Manoel de Barros, que passou por uma recente revitalização após ter sido alvo de depredação - o monumento chegou a ter o pé arrancado.  "Como funciona?"  - O processo de instalação teve início no mês passado, mas parte dos moradores e lojistas da região demonstrou desconhecimento sobre o funcionamento e eficácia da medida.   O Campo Grande News conversou com parte dos lojistas e moradores da região, e apesar de acharem a proposta “moderna”, muitos deles demonstraram falta de conhecimento sobre o funcionamento das câmeras e até mesmo acreditavam que estavam desligadas. Um deles é o comerciante José Batista, que tem uma loja de roupas há 30 anos na esquina entre as ruas 14 de Julho e Maracajú - um dos locais onde foi instalada uma das câmeras. Ele admitiu desconhecer o funcionamento das câmeras e preferiu aguardar para avaliar sua eficácia. “Honestamente, acredito que as câmeras serão úteis para prevenir roubos e aumentar a segurança. Mas, vamos esperar para ver. É crucial zelar pela segurança da Rua 14 de Julho”, comentou José Batista.  Outro comerciante “desavisado” é Vanderlei Magalhães, proprietário de um restaurante na Rua 14 de Julho. Ele menciona que roubos sempre foram comuns na região. "Os roubos continuam. Já tive um roubo aqui, arrebentaram a porta e levaram botijão de gás e vejo que outros lojistas também reclamam".  Vanderlei também disse que já havia visto as novas câmeras, mas que não tinha ideia de como funcionam. Ele afirma que espera uma maior segurança após a instalação dessa tecnologia. "Eu acho que essas medidas podem trazer segurança no Centro. Agora vamos aguardar, ver se vai funcionar e se vai reconhecer os criminosos".  Após ter sido alvo vítima de furto recentemente, a microempresária e moradora da Rua 14 de Julho, Marcina Ferreira do Carmo, espera que as câmeras contribuam para melhorar a segurança.  Marcina também demonstrou desconhecimento em relação às câmeras, mas acredita que a medida precisa ser empregada, para melhorar a segurança na região.Seu estabelecimento foi alvo de furto no mês passado. "Roubaram um ar-condicionado. Foi a segunda vez. Esperamos que essas câmeras tragam segurança, porque a situação está complicada. Houve uma melhora, mas quando acontece algum roubo ou confusão, geralmente é causado por dependentes químicos”, relata.  A vendedora Joyce Silva, de 54 anos, também é uma das pessoas que acredita que as câmeras poderão trazer mais segurança, especialmente, para quem utiliza o transporte público a partir das 18h. “Essa região aqui é meio vazia de noite e eu acho que essas câmeras podem trazer mais segurança. Eu, por exemplo, preciso pegar ônibus e esperar no ponto, mas a câmera pode dar uma segurança nesse caso", comenta. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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