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No monte Roraima, um jogo de xadrez com a morte

Folha 
Quem já viveu a experiência única de percorrer o platô lunar do alto do Monte Roraima, na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, sabe o quanto a topografia local exige a cada passo. Com a aparência de um imenso tabuleiro de xadrez, o visitante é reiteradamente alertado pelos guias que só deve pisar nas pedras "brancas", ou seja, naquelas em que os muitos passos de outros caminhantes já limparam a área e a deixaram razoavelmente segura. Nas "pedras pretas", uma grossa camada de matéria orgânica em decomposição misturada a lama e à poeira de dois bilhões de anos cria armadilhas que podem fazer o pé distraído afundar alguns centímetros na gosma fedorenta ou alguns metros que ameaçam ossos e tendões. Não custa ressaltar, por óbvio, que as pedras não são tão regulares quanto as casas de um tabuleiro, afinal trata-se de uma trilha natural e a natureza tem sabida ojeriza à simetria. Peões, lá nos seus 2.810 metros de altitude, sofrem, e não tem cavalo, bispo ou realeza que se meta a besta. Leia mais (06/27/2024 - 07h30)

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