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OMS convoca reunião de emergência sobre possibilidade de novo surto de Mpox; veja como pode afetar Goiás

O comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) marcou uma reunião para avaliar se é necessário declarar o nível de alerta mais alto para uma epidemia de Mpox, a varíola dos macacos, que ocorre em países da África. O anúncio foi feito na última quarta-feira, 7, pelo diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Dada a propagação da Mpox fora da República Democrática do Congo (RDC) e a possibilidade de uma nova propagação internacional dentro e fora da África, decidi convocar um comitê de emergência para me aconselhar sobre se a epidemia constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional. O comitê irá se reunir o mais rápido possível”, disse.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, um possível novo surto da doença preocupa o Estado. Flúvia explica que quando há um surto em algum país, existe facilidade em se tornar uma epidemia global e que o vírus sofreu uma mutação, aumentando a gravidade.

“Com a globalização, facilidade dos transportes, um problema de saúde em qualquer lugar do mundo é um problema de saúde para o mundo inteiro. E é pensando nisso que a OMS inclusive está se reunindo para verificar se decreta ou não a emergência internacional por causa da Monkeypox. Na verdade, o vírus sofreu uma mutação e essa mutação, pelo que a gente tem de informação até agora, tem favorecido, inclusive, o aumento da gravidade da doença. Então temos que nos preparar para a detecção de casos e para os tratamentos”, diz.

De acordo com a superintendente, como já houve surtos da doença no Estado, o sistema de saúde deve estar preparado para tratar os possíveis infectados. “Emitimos notas técnicas, foram feitas capacitações dos profissionais para diagnóstico e para o tratamento desses casos. Essa primeira etapa vamos dizer assim mais atual da da Mpox a gente observou que ela estava muito mais a grupos populacionais específicos”, continua.

“Precisamos ver como é que essa essa nova versão com essa mutação vai transcorrer, inclusive fora do continente africano. Sabemos que isso é uma questão de tempo até a doença se espalhar para o resto do mundo”.

Em 2024, Goiás notificou 84 casos de MonkeyPox, 12 deles sendo confirmados pela Secretaria de Estado da Saúde. Até o momento não há óbitos registrados pela doença em Goiás. O número é inferior à 2023, onde houveram 348 notificações registradas e 101 casos confirmados. Também não houveram óbitos.

Para Flúvia, caso exista suspeita da doença, o paciente deverá procurar uma unidade de saúde para que sejam feitos testes. Após isso, dependendo da gravidade da doença, pode ser necessária a internação em alas especiais, com isolamento. “A pessoa for diagnosticada deve evitar contato com outras pessoas, ficar em isolamento. Até no tratamento hospitalar, ela deve ser tratada em leito específico com equipe específica para evitar a contaminação”, explica.

“Como a doença é muito parecida com a catapora, pode não haver identificação imediata. Os sintomas são lesões, febre, dor no corpo e prostração. Mas as lesões são o que mais chamam a atenção. Por isso é preciso procurar uma unidade de saúde para que seja feito o diagnóstico e o tratamento correto”.

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