Desmatamento em Goiás caiu 37% em comparação com 2019, diz relatório
O desmatamento em Goiás caiu 37% entre agosto de 2023 e julho de 2024 em comparação com o mesmo período entre 2018 e 2019, e 39% em comparação com 2017/2017. Os dados são do Deter, sistema de alertas desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para dar suporte ao trabalho de fiscalização desenvolvido pelo governo federal e estados.
Em números absolutos, o desmatamento em Goiás em 2017/2018 foi de 460 km² e de 499 km² em 2018/2019, ao passo que caiu para 312 km² entre agosto de 2023 e julho de 2024.
O número do período mais recente representa 4,5% de todo o desmatamento observado no Cerrado. No bioma, a área coberta pelos alertas foi de 7.015 km². Os estados com mais desmatamento no período são: Maranhão, com área foi de 1.897 km² (27%); Tocantins, com 1.748 km² (25%); Piauí, com 876 km² (12,5%); e Bahia, com 792 km² (11%).
“Além disso, se considerarmos os dados do ano civil de 2024 (janeiro a julho), verificamos um desmatamento de 139 km² em Goiás, uma redução de 38,2% em relação aos 139 km² registrados entre janeiro e agosto de 2023. Ou seja, em 2024, observa-se uma tendência de queda expressiva no desmatamento no Estado”, explica o subsecretário de Licenciamento, Fiscalização e Controle da Semad, Robson Disarz.
Pacto com setor produtivo
Segundo a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, explica que o resultado e fruto de esforços conjuntos do governo de Goiás com os setores produtivos. A parceria, segundo Andréa, aconteceu com a assinatura de um protocolo de intenções, em setembro de 2023, que estabeleceu a meta de zerar o desmatamento ilegal em Goiás até 2030.
“Estado e os setores da economia assumiram compromissos importantes para viabilizar a assinatura do pacto. A iniciativa privada comprometeu-se a não realizar desmatamento ilegal e a respeitar os limites estabelecidos pelo Código Florestal. Por sua vez, o governo se comprometeu a aperfeiçoar o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a manter a agilidade na regularização de propriedades e na análise dos pedidos de licença, a desenvolver programas de pagamento por serviços ambientais, a fortalecer as equipes de fiscalização, entre outros pontos”, afirma.
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