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Fátima Gavioli: “Na manhã seguinte à comemoração do 1º lugar no Ideb, já estávamos reunidos discutindo como melhorar”

Em 2019, a recém empossada secretária estadual de Educação Fátima Gavioli deu uma entrevista ao Jornal Opção em que falava sobre o audacioso plano de colocar Goiás em primeiro lugar no nacional Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Na data, Fátima Gavioli enumerou as dificuldades, que pareciam insuperáveis. Nesta semana, em 2024, a secretária retornou à redação do Jornal Opção para falar sobre os acertos que levaram a equipe a cumprir a sonhada meta.

A secretária é modesta ao dividir os créditos: “Ninguém faz nada sozinho”, diz ela. A participação do terceiro setor, a cooperação com as secretarias regionais e a força-tarefa dos profissionais são alguns dos elementos que explicam o sucesso. Outros investimentos listados foram a contratação de pessoal, melhoria da estrutura física e o empoderamento de professores das comunidades para administrar as escolas de suas próprias regiões.  

Nesta entrevista ao Jornal Opção, Fátima Gavioli comenta os acertos de sua gestão e as dificuldades que restam a ser superadas, bem como a implementação do novo ensino médio e as desigualdades regionais na Educação de Goiás. 

Ton Paulo — Goiás foi o estado brasileiro com a maior nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Quais feitos levaram a essa colocação?

Essa conquista não é só minha, mas de todos envolvidos na Secretaria de Educação. Temos 40 regionais espalhadas pelo Estado e os técnicos se empenharam muito para isso. Todos tiveram de ter o mesmo propósito, falar a mesma língua, com o domínio das políticas que foram implementadas. Agora, vamos trabalhar para sustentar esse resultado.

Um dos programas foi o Bolsa Estudo, que elevou a frequência e a nota dos estudantes. Sem dúvidas, a disposição de todos na Seduc foi fundamental. Mas além dos membros da Seduc, existiu também um grande empenho de nossos parceiros do terceiro  setor. Não fazemos nada sozinhos. 

Um secretário não pode deixar de cooperar por medo de, posteriormente, ter de dividir os créditos. Empresas do terceiro setor fomentaram as áreas de formação e inovação; trouxeram boas ideias. Nossa equipe técnica elabora propostas, o terceiro setor analisa junto e todos as implementamos.

Italo Wolff — Quem é esse terceiro setor hoje?

É a iniciativa privada que procura de forma gratuita o Estado. Quero deixar claro que não existe investimento do Estado nesses institutos — pelo contrário, são eles que fazem investimentos no Estado de Goiás porque encontram aqui uma porta aberta para fazer seu trabalho.

Trata-se do Instituto Unibanco, Instituto Natura, Instituto Sonho Grande e outros. A contrapartida é o monitoramento e a exigência de resultados. Existem outros institutos que não são tão grandes, mas que também têm trabalhos fantásticos. Temos hoje, por exemplo, o Instituto BEI, que contrata técnicos para trabalhar conosco dentro da secretaria para implementar no nono ano a disciplina de Matemática Financeira, que foi um sucesso. 

Existe o ouro, que é o profissional de carreira da casa, e existe o ouro que é contratado para trabalhar com a Secretaria. Toda essa cooperação, essa discussão ao redor da mesa para melhorar o resultado concreto é muito preciosa. Essa conversa se inicia no dia em que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) termina. Analisamos os resultados e procuramos onde é que podemos melhorar. 

Fátima Gavioli É entrevistada por Italo Wolff, Ton Paulo e Guilherme de Andrade | Foto: Guilherme Alves/ jornal Opção

No dia seguinte ao Enem, estamos discutindo por que houve abstenção, por que houve notas baixas. Identificamos as redes com problemas e vamos solucionar qualquer problema. Se todos tivessem o olhar “da casa”, o ponto de vista seria reduzido. A perspectiva seria limitada àquele mundo que a secretaria já conhece; mas há soluções em lugares onde podemos nos inspirar. 

Esses institutos trazem casos de sucesso de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará. Afinal, a Seduc não trata só de ensino e aprendizagem — metade do nosso tempo e esforços dentro da Secretaria de Educação são destinados a resolver problemas externos à escola.

Ton Paulo — Quais tipos de problemas externos?

A violência escolar consumiu 50% do nosso tempo e esforços no último ano. E por que esse problema foi resolvido? Em primeiro lugar, porque o governador tomou uma medida muito firme ao exigir que todos os casos de violência levassem os responsáveis à delegacia. Se temos um problema, o responsável pelo menor vai à delegacia para a gente conversar.

Houve uma união de poderes como Ministério Público, Tribunal de Justiça, Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria Pública, Seduc; mas a Secretaria de Segurança Pública foi gigante, porque além de lidar com suas demandas do dia-a-dia, teve que ir para a porta da escola nos ajudar.

Eu diria que, se nós não tivéssemos vivido o problema da violência na escola, nossa nota não seria menor que 5 no Ideb, de jeito nenhum. É uma pena, mas são as circunstâncias trazidas porque vivemos em comunidades com seus problemas específicos. Também é papel da educação enfrentar isso.

Italo Wolff — O que podemos pensar em metas e desafios para serem superados neste próximo ciclo?

No dia seguinte à divulgação do resultado do Ideb e à festa de todos, às 7h30 da manhã, todos já estavam ao redor da mesa na Secretaria para entender quem não foi bem e por quê. Sempre questionamos “Qual colégio não foi bem?”, “Qual aluno não atingiu a meta?”, “Qual diretor assinou a meta, mas não a cumpriu?”, “Quem não alcançou nossas metas, deixou de cumpri-las porque não teve condições?”.

Todos alunos do quinto ano, do nono ano e da terceira série do Ensino Médio fazem uma prova nacional chamada exame de Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Por enquanto, essas crianças são avaliadas em português e matemática — outras disciplinas vão entrar no futuro. Essa proficiência é ponderada junto com a evasão e a reprovação para aferir o Ideb. Com base nos microdados referentes à cada escola, sabemos onde precisamos melhorar no próximo ciclo. 

Fátima Gavioli: “Solucionar o problema da violência escolar consumiu muito tempo e esforços. É uma pena, mas também é papel da educação enfrentar isso” | Foto: Guilherme Alves / Jornal Opção

Guilherme de Andrade — Há discrepâncias locais dentro de Goiás. O que foi feito para reduzir o atraso de determinadas regiões e o que ainda resta a ser feito?

Em 2019, quando essa gestão recebeu os resultados de seu primeiro Ideb, víamos Goiânia, Aparecida de Goiânia e Nordeste Goiano “no vermelho”. As regiões “em verde” eram Trindade, Itumbiara, Morrinhos. Isso é um desespero, porque a região metropolitana tem um peso populacional do tamanho de 30 municípios. Por isso, nosso trabalho começou por aqui, por Aparecida e pelo Nordeste Goiano.

O Nordeste Goiano tem uma realidade específica. Lá, há as comunidades quilombolas. Nosso primeiro investimento para melhorar essa área foi na estrutura física das escolas. Havia poucos colégios, sem carteiras, quadros, enfim, condições básicas de trabalho. Perguntamos o que eles precisavam, e a lista de demanda incluía panelas, fogões, geladeiras, porque eles nunca tinham sido ouvidos. 

Quando fomos ouvir a comunidade do Quilombo Kalunga, percebemos que quem cuidava de suas escolas éramos nós, da Seduc. Mas logo identifiquei que, dentro da comunidade, havia kalungas professores, formados pela Universidade Federal de Goiás (UFG), inclusive com mestrado. Mas eles não faziam parte da estrutura da Seduc — os diretores de escolas e técnicos regionais eram indicações políticas de Campos Belos. 

Abrimos concursos públicos com previsão de contratação mínima de professores quilombolas para atuarem em suas regiões. Isso deu a eles um empoderamento enorme. As reformas na infraestrutura com climatizadores por sala de aula, quadras esportivas, poços artesianos, energia elétrica, tudo isso, aliado a esse empoderamento, se reverteu em crescimento no Ideb. 

O Nordeste Goiano ainda não está no verde, mas já não está mais no vermelho. A educação é assim: muito gradual. É um trabalho lento, contínuo, que rende frutos a longo prazo. 

Ton Paulo — E quanto a Goiânia e Aparecida de Goiânia?

A mesma coisa. Fizemos investimentos mais pesados em pessoal no primeiro mandato de Ronaldo Caiado (UB). Neste segundo mandato, estamos cuidando mais da estrutura física das escolas. Tínhamos escolas de tempo integral sem refeitório, quadra, climatizador. Isso significa desperdício de recursos. 

Desde 2019, foram R$ 7,5 bilhões investidos (essa quantia não conta folha de pagamento, é realmente investimento em melhoria). É possível gastar muito em educação sem que isso se reverta em benefícios. Para que o investimento fosse efetivo, nós ouvimos todos os profissionais e alunos. É um trabalho minucioso — demos uniformes e ouvimos o que podíamos melhorar nos uniformes; mudamos calças, mochilas, tênis. Isso tem um retorno, porque o aluno fica vaidoso para ir à escola com orgulho. 

Isso gerou benefícios transversais, como economia para as famílias e segurança. O setor de inteligência da polícia nos diz que hoje os traficantes têm dificuldade de se aproximar das escolas pois são facilmente identificados sem uniformes. 

Ton Paulo — Foi aprovado em maio um reajuste para a data-base de 4,62%. Apesar de ser uma demanda atendida do segmento, ainda há críticas sobre defasagem do salário. Como ficou essa questão?

Há um mal entendido: a lei do piso é a lei do piso e não do teto. As pessoas entendem que o aumento do piso deve ser aplicado de forma linear. Quem aplicou esse aumento de forma linear para quem recebe mais do que o piso, não consegue pagar a folha. A lei especifica que todos que ganham menos que o piso, passarão a ganhar o novo piso. Quem recebe acima do piso, recebe uma correção dentro do que a capacidade orçamentária permite.

Há o desejo de aumentar o salário de todos, mas não há governo que sustente uma coisa dessas. A população, pagadora de impostos, não sustenta isso. Dar esse aumento significa o fim do orçamento para investimentos em obras, em materiais, em formação, em novas escolas — o governante passa a investir apenas em folha de pagamento. 

“Acredito que o governo vai reconhecer que a educação Goiás fez diferente e valorizar os profissionais com plano de carreira”, diz Fátima Gavioli | Foto: Guilherme Alves/ jornal Opção

Quando Goiás entrou no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), surgiu um limite mais rígido para gastos com pessoal. Goiás aumentou o piso, no entanto, os salários das categorias P3 e P4 se aproximaram. Toda a parte econômica do governo está há seis meses debruçada sobre uma planilha para que o Estado não seja multado pelo RRF, mas de forma que o governo consiga enviar um plano de carreira para a Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) que desvincule um pouco os salários P2, P3 e P4. 

Particularmente, acredito muito na seriedade do governador, que deve reconhecer que a educação em Goiás fez diferente. Historicamente, em todos os lugares, se a categoria da Educação quer alguma coisa, ela faz uma greve e paralisa as aulas. Quem sofre com isso são os estudantes e suas famílias. Em Goiás, a rede entendeu que estávamos endividados no primeiro mandato e trabalhou. No segundo mandato, apresentou os resultados. Agora, a equipe econômica tem a árdua missão de encontrar uma saída. Mas precisamos ter o plano de carreira enviado para a Assembleia.

Ton Paulo — Um tema que levantou controvérsia foi a abertura da migração de alunos do ensino médio regular, principalmente noturno, para o Ensino de Jovens e Adultos (Eja). Como se deu esse processo e por que isso gerou polêmica?

O ensino noturno no Brasil está comprometido. No país inteiro. É um problema que vem se arrastando, porque os alunos do noturno querem trabalhar. É triste, porque temos mais vagas do que alunos na escola de tempo integral. As vagas não são preenchidas porque a família dos estudantes preferem que eles trabalhem do que estudem em tempo integral. Eles deixam a escola para serem frentistas, diaristas, babás. 

Esses alunos entram para as aulas às 19h e saem da escola às 23h. Pense nas dificuldades que esbarram no transporte e na necessidade de acordar cedo para trabalhar o dia todo. Nem todos conseguem ficar até às 23h estudando. São também os alunos atletas, que treinam pela manhã e tarde e vão para o ensino noturno já muito cansados. O problema também é dos professores, que têm de dar aulas até tarde após terem trabalhado durante o dia. Por tudo isso, a evasão no ensino noturno é muito alta. 

Com a proposta do novo ensino médio, a carga horária diária passaria para 6 horas. Os alunos entrariam às 18h e sairiam à meia-noite. É impraticável, cobramos propostas do Ministério da Educação, que ainda não tem solução concreta.

“Todas as regionais da Seduc e parceiros do terceiro setor trabalharam com o mesmo propósito de alcançar o primeiro lugar no Ideb”, diz Fátima Gavioli | Foto: Guilherme Alves/ jornal Opção

Fazemos tudo que é possível para aumentar a permanência: reforçamos os jantares e incluímos aulas online pelo Goiás Tec, mas a principal barreira é que as aulas terminam às 23h, e não podemos mexer no horário. Entre idas e vindas, o nosso gerente do Eja sugeriu mandar um processo para o Conselho Estadual de Educação e verificar a possibilidade de os alunos irem para o ensino de jovens e adultos.

Pelo Eja, os estudantes têm duas horas de aula à noite e o curso médio termina em um ano e meio. Dos 24 mil alunos que tínhamos no ensino noturno naquele momento, 12 mil se cadastraram para ir para o Eja. Eles não foram direto, houve um cadastro para seleção pelo Conselho. As famílias autorizaram prontamente. Mandamos esse processo para o conselho.

No ensino noturno, os alunos tinham 12 professores; no Eja, seis. Alguns professores que eram contratados tiveram que ser rescindidos. Tive de responder por isso três vezes no Ministério Público, que abriu uma Ação Civil Pública e fui para o Tribunal de Justiça. A desembargadora fez uma pesquisa com cada aluno para saber se o interesse realmente tinha partido deles ou se foi uma imposição da Seduc.

Quando a desembargadora recebeu a pesquisa, ela concordou que, realmente, os estudantes não queriam aquela quantidade de aulas durante a noite. Eles queriam continuar na Eja. A desembargadora decidiu manter aqueles alunos no Eja, contanto que nós não fizéssemos isso novamente com outras turmas. O processo foi encerrado, mas a evasão no ensino noturno voltou a subir. 

Ton Paulo — O Tribunal de Contas do Estado (TCE) também se envolveu. Não houve exigência de que os alunos fossem para o Eja?

Temos bastante tranquilidade para mostrar que existe uma mudança acontecendo no ensino noturno. Não houve fechamento de turmas regulares, apenas remanejamento para agrupar os alunos que ficaram no ensino noturno. Não posso dizer “não existe mais ensino regular para você, que agora terá de ir para o Eja.” Essa acusação não faz sentido. 

Italo Wolff — Se a senhora tivesse de dar uma sugestão para consertar o ensino noturno, para substituí-lo por algo que funcione melhor, o que a senhora diria?

Sinceramente, por que estamos trabalhando com 200 dias letivos e 3 mil horas também no noturno? Qual a razão disso, se a mesma carga horária do ensino diurno dá maus resultados no ensino noturno? Precisamos diminuir a carga horária, pois 180 dias letivos atendem perfeitamente ao noturno. Esse é um grupo de alunos diferente, que precisa ter uma carga horária especial — caso contrário, evadem.

Temos de decidir o que queremos. Eu realmente quero que os jovens desse país tenham ensino médio? Ou queremos que tenham carga-horária? Falamos em carga horária como se isso fosse resultado. Temos de fazer pelo menos o básico: terminar o ensino médio e depois oferecer um pós-médio para aqueles que querem, no profissionalizante. Da forma como está, o Brasil fracassa em tudo, não faz uma coisa nem outra. 

Guilherme de Andrade — Como fica o desvio de função dos professores de outras áreas ministrando os itinerários formativos?

O desvio de função é complicado de lidar, porque às vezes é interesse do próprio professor pegar mais disciplinas. Alguns professores dão aulas de geografia, história, filosofia, sociologia — pega tudo porque quer dar aulas em uma única escola. Nosso interesse é distribuir as aulas por formação, de forma que é impossível um único professor fechar sua carga em uma única escola com poucas turmas.

Não dá mais para o professor fazer isso; o censo escolar vem cobrando isso dos estados — professores formados nas áreas de conhecimento que lecionam. É uma guerra, porque quem tem essas aulas vê o concursado formado nas áreas de conhecimento de suas disciplinas e fala: “eu já estou aqui há 20 anos, essas são minhas aulas”. Mas é um processo natural, faz parte do trabalho de convencimento.

Outro agravante é o fato de que o número de alunos tem diminuído, porque a população brasileira jovem tem diminuído. Algumas escolas que inauguro hoje, que são verdadeiros palácios, serão no futuro casas para acolhimento de idosos. Dentro de 30 anos, teremos mais idosos do que jovens na população brasileira. Em cidades pequenas, escolas que hoje têm 500 alunos são consideradas grandes. Os tempos mudam; no futuro, nenhum professor vai conseguir fechar sua escala em uma escola apenas.

“Em todo o Brasil, o ensino noturno está comprometido, porque os alunos querem trabalhar”, diz Fátima Gavioli | Foto: Guilherme Alves / Jornal Opção

Guilherme de Andrade —  Como o Estado está pensando a implementação do novo formato de ensino médio? 

As coisas estão se desenhando melhor agora. No início, todo o projeto era muito estranho. Cheguei a ter 75 propostas de itinerários formativos em Goiás; estava tudo muito liberado. Agora, acredito que vamos viver tempos tranquilos em relação ao novo ensino médio, a formação geral básica ficou bem bacana, trazendo história, geografia, sociologia e aumento das aulas de português e matemática. O inglês veio como língua universal, o espanhol é agora uma proposta de itinerário formativo. 

Em Goiás, todas as propostas de itinerário têm de ter relação com a área do conhecimento da formação geral básica. Então, por exemplo, uma escola pode oferecer aulas de teatro, desde que estejam dentro da área de linguagem. Desta forma, o professor trabalha arte, língua portuguesa, língua inglesa, espanhol — tudo dentro dessa oficina.

Outra escola pode oferecer o itinerário “como viver bem em cidades”, desde que a disciplina esteja dentro da área de humanas e suas tecnologias, trabalhando a questão social, os conflitos, as redes sociais. Por isso, hoje, estou confiante no novo ensino médio. 

Ton Paulo — Qual avaliação a senhora faz deste ano e meio de atuação do ministro da Educação, Camilo Santana?

Tem sido perfeito. Camilo Santana foi governador do Ceará, foi senador e deputado. Por essa trajetória política, é um ministro que sabe ouvir, ponderar e mediar conflitos. Ele é muito bem preparado e deve alçar voos altos em seu governo. 

Algumas pessoas podem achar que, por Camilo Santana integrar um governo de esquerda, nós teríamos uma rixa com sua gestão. Mas na Educação isso não existe. O governador Ronaldo Caiado e Camilo Santana trabalham juntos. Quando o governo federal implantou o programa Pé De Meia, a equipe do MEC veio a Goiás aprender com o Bolsa Estudo. Demos todo o suporte, e estamos dando até hoje, bem como temos contrapartida por parte do MEC.

A educação é uma área muito técnica. A alfabetização brasileira hoje se guia por evidências do que funciona. Essa cooperação tem de ser mais forte do que as diferenças entre governos.

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