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Justiça decide que advogada que matou ex-sogro e idosa envenenados vai a júri popular

A Justiça determinou nesta segunda-feira, 26, que a advogada Amanda Partata, de 31 anos, irá a júri popular. A data, no entanto, ainda não foi divulgada. Acusada de matar envenenados o ex-sogro Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, de 86 anos, Amanda chegou a ser submetida a um exame de insanidade mental, mas foi comprovado que ela tinha plena consciência dos atos, chegando a arquitetar o crime. 

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No dia crime, praticado em dezembro de 2023, em Goiânia, a advogada chegou a oferecer os bolos no pote envenenados a outros familiares do ex-namorado, que se recusaram a comer durante um café da manhã em família. Veja crimes pelo qual a Amanda é acusada:

  • Homicídio consumado triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) contra Leonardo Pereira Alves, pai do ex-namorado de Amanda;
  • Homicídio consumado triplamente qualificado (pelo motivo torpe, emprego de veneno e dissimulação) e agravado pela idade contra Luzia Alves, avó do ex-namorado de Amanda;
  • Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) praticado contra o tio do ex-namorado de Amanda;
  • Homicídio tentado duplamente qualificado (pelo motivo torpe e pelo emprego de veneno) e agravado pela idade da vítima contra o avô do ex-namorado de Amanda.

Conforme a decisão da Justiça, a ré deve permanecer em prisão preventiva, sem possibilidade de substituição por medida cautelar. Amanda foi presa três dias depois de envenenar as vítimas, em 20 de dezembro de 2023.

Em abril deste ano, a advogada foi suspensa dos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), o que levou à sua transferência da Casa do Albergado, onde estava detida, para a Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia.

Leonardo, que era conhecido como Leozão, era ex-servidor da Polícia Civil de Goiás (PC-GO). Já Luzia era cadeirante e tinha Alzheimer. O crime teria sido motivado pelo sentimento de rejeição que Amanda sentiu após o fim do relacionamento com o filho de Leonardo, para quem mentiu afirmando estar grávida.

Insanidade mental 

A advogada passou por um exame de insanidade mental em abril deste ano, após pedido da defesa. No entanto, foi constatado que ela tinha plena consciência do que estava fazendo quando ofereceu alimentos contaminados às vítimas. O laudo destacou que Amanda “claramente” agiu de forma organizada e planejada para praticar o crime.

“Nosso entendimento é que a periciada (Amanda) era plenamente capaz de se determinar sobre seus atos. (…) Em seus atos, claramente, podemos observar características de planejamento, premeditação e os cuidados para que sua intenção de cometer o ato ilícito não fosse descoberto”, dizem trechos do laudo.

A avaliação foi feita pela junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás. Além de entrevistar Amanda, os médicos também ouviram a mãe dela, para entender como era o comportamento da advogada desde a infância.

A conclusão é que, a partir do ponto de vista psiquiátrico forense, ela não apresenta qualquer limitação cognitiva, retardo mental, além de também não ter sido identificado qualquer evidência de doença mental. 

Relembre o crime

O envenenamento aconteceu no dia 17 de dezembro de 2023, quando Amanda foi até a casa da família do ex-namorado levando um café da manhã, com pão de queijo, biscoitos, suco e bolos de pote. Conforme as investigações, como a denunciada fingia que estava grávida do filho de Leonardo, era bem aceita na família.

Antes do crime, segundo as investigações, a advogada comprou 100 ml de um veneno e aplicou em dois bolos de pote. A quantidade, conforme a perícia, é suficiente para matar várias pessoas. Amanda também pesquisou na internet por “qual exame de sangue detecta” o veneno, “tem como descobrir envenenamento” e se a substância que ela colocaria nos potes tinha gosto.

Em depoimento, o tio do ex-namorado de Amanda, de 60 anos, afirmou que se recusou a comer o bolo de pote oferecido pela advogada porque perderia o apetite para o almoço. Já o marido de Luzia, de 82 anos, disse que não comeu por ter diabetes.

O Jornal Opção entrou em contato com a defesa de Amanda Partata para que se pronunciasse, mas não obteve retorno.

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