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Marcola, líder máximo do PCC, pediu indenização de R$ 74 mil após ter vídeos vazados em penitenciária

Apontado como líder máximo do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, pediu à União indenização de R$ 74 mil por áudios e vídeos vazados de conversas dele com seus familiares, inclusive com o filho adolescente, no parlatório da Penitenciária Federal de Brasília.

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O pedido de indenização foi feito por um advogado em 12 de novembro de 2023. No entanto, quase um mês depois, em 5 de dezembro, a defesa de Marcola desistiu da ação, fazendo com que a Justiça Federal não tivesse tempo de julgar o caso. 

Os vídeos e áudios de conversas íntimas de Marcola com seus familiares, no parlatório da Penitenciária Federal de Brasília, em 3 de novembro de 2021 e 12 de janeiro de 2022, vazaram em agosto de 2022. Veículos de comunicação publicaram o material em massa.

Na petição judicial, o advogado alega que “a conversa do preso com a família não configura crime e o vazamento evidencia o enorme desrespeito à intimidade, privacidade da família e do filho menor do preso e às instituições, porque coloca em xeque a credibilidade de todo o sistema de Justiça”.

Na mesma ação, o advogado observa que também foram vazados diálogos de Marcola como uma de suas defensoras e classifica o episódio como mais uma violação ao Estado Democrático de Direito e aos princípios constitucionais.

O advogado menciona na petição que Marcola não pode abraçar os familiares nos dias de visita nem manter contato com o irmão Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, 52, o Marcolinha, recolhido na Penitenciária Federal de Brasília.

Na avaliação do defensor, as proibições representam um desrespeito à dignidade da pessoa humana. O advogado reclamou ainda na petição que a comida servida a Marcola no presídio é estragada, tem péssimo sabor e causou danos físicos ao cliente, como “significativa perda de peso”.

No final do documento, o advogado pediu a procedência da ação para condenar a União ao pagamento de indenização por danos morais em valor não inferior a R$ 74 mil.

Senappen nega acusações

A Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), responsável pelas penitenciárias federais, negou em nota enviada ao UOL ter servido comida estragada aos presos e afirma que as refeições passam por teste de prova, são pesadas e balanceadas, se adequando às especificidades de cada detento.

Segundo a secretaria, “são servidas seis refeições por dia e que as Regras Mínimas para Tratamento de Presos preconizam que todo preso recebe da administração, em horas determinadas, alimentação de boa qualidade, bem preparada, com valor nutritivo adequado à saúde e à robustez física.”.

Nos presídios federais, o contato físico dos presos com as famílias é proibido. As visitas acontecem uma vez por semana. Prisioneiros e familiares ficam separados por um vidro blindado no parlatório. As conversas, por meio de um telefone, são gravadas, filmadas e acompanhadas por agentes.

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