Falsa biomédica é indiciada por provocar morte de influencer após procedimento estético
A empresária e falsa biomédica, Grazielly da Silva Barbosa, foi indiciada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) por provocar a morte da influencer Aline Maria Ferreira, de 33 anos. A vítima morreu depois de realizar um procedimento para aumentar o bumbum no valor de R$ 3 mil, em Goiânia.
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O indiciamento foi divulgado pela PC nesta quarta-feira, 2, dois meses depois da prisão de Grazielly, detida pela corporação no dia 3 de julho. Atualmente, a proprietária da clínica de estética Ame-se, onde Aline realizou o procedimento, cumpre prisão domiciliar.
A influencer, que morava em Brasília, passou pelo procedimento no dia 23 de junho. O marido da influenciadora disse à polícia que a aplicação foi rápida e eles retornaram para Brasília no mesmo dia, com Aline aparentando estar bem, apesar de já sentir fortes dores. Com o passar dos dias, segundo a PC, as dores não diminuíram e a influencer passou a apresentar fraqueza e febre.
Mesmo medicada, a influenciadora continuou com febre, e no dia 26, começou a sentir dores na barriga. No dia 27, Aline piorou e desmaiou, dando entrada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) devido a quadros de febre, dor de cabeça e dor de barriga. Em seguida, a vítima foi encaminhada para um hospital privado da Asa Sul, onde morreu depois de duas paradas cardíacas, no dia 2 de julho.
Sem graduação
Grazielly se apresentava como biomédica, mas para a polícia, ela explicou que cursou somente três semestres de medicina no Paraguai, além de ter feito cursos livres na área. A PC informou na época da prisão que Grazielly não apresentou nenhum certificado que comprove a conclusão desses cursos. Por isso, ela não tinha competência para atuar na área.
Durante buscas feitas pela PC na clínica Ame-se, os policiais não encontraram contratos de prestação de serviços, prontuários ou qualquer documento que registrasse a entrevista com pacientes. Isso, segundo a polícia, indica que não houve checagem se Aline tinha alguma condição de risco. Essa etapa deveria ser a primeira a ser feita antes da realização de qualquer procedimento.
No dia do procedimento, conforme a PC, a região do bumbum da influenciadora foi higienizada e, em seguida, Grazielly fez marcações de onde o PMMA seria aplicado. Aline pagou R$ 3 mil para a realização de três sessões de aplicação do produto, mas a influenciadora morreu após a primeira.
O Jornal Opção não conseguiu localizar a defesa de Grazielly para que se posicionasse.
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