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Comissão aprova por unanimidade nome de Galípolo à presidência do Banco Central

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou Gabriel Galípolo para ocupar a presidência do Banco Central (BC). Galípolo, que é o atual diretor de Política Monetária do BC, foi aprovado por unanimidade pela Comissão após mais de quatro horas de sabatina.

Foram 26 votos favoráveis e nenhum contrário. Agora, o nome do indicado passará por votação no plenário do Senado. Para aprovação também será necessário maioria simples, com 41 votos dos 81 senadores.

Gabriel Galípolo foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele reforçou a autonomia da autoridade monetária frente ao governo. Entre os pontos defendidos por ele está o compromisso com o regime de metas de inflação, o que o fez ser elogiado por senadores.

Durante a sabatina, que durou 4h30, Galípolo respondeu perguntas de senadores como, por exemplo, se iria contrariar pedidos de Lula. Segundo o indicado, Lula jamais o pressionou. “Já tive a coragem de cortar, manter e subir os juros, jamais sofri qualquer tipo de pressão. O presidente Lula jamais fez alguma pressão sobre mim. O mandato legal do BC é esse. Todos os pedidos e recomendações que recebi são para tomar decisão de acordo com nossa consciência. Se não, começamos a empilhar equívocos”, afirmou.

“Eu durmo muito bem à noite. Todas as decisões que tomei foram de acordo com minha consciência. E agora vou tomar decisões de acordo com o melhor para a população brasileira. Eu assino o compromisso de continuar”, continuou.

“O Banco Central não tem essa liberdade. Quem entende que o Brasil poderia rodar com inflação superior, isso não é crítica ao BC. A meta de inflação é definida pelo governo e cabe ao BC colocar a taxa de juros num nível restritivo que leve a inflação para a meta”.

Se aprovado pelo Senado, Galípolo assumirá o lugar de Roberto Campos Neto a partir de 1º de janeiro de 2025, com mandato até o final de 2028. 

Perfil

Galípolo é economista, foi CEO do Banco Fator de 2017 a 2021 e hoje é diretor de Política Monetária do Banco Central. Na política, ele trabalhou na Secretaria Estadual de Economia e Planejamento de São Paulo, durante o governo de José Serra, e ajudou a construir o plano de governo de Aloizio Mercadante. O economista é um crítico ferrenho das políticas de austeridade, que tanto têm sido cobradas pelo mercado. Para ele, o arrocho nas contas públicas, em vez de atrair dinheiro, acaba por apenas diminuir o emprego e a demanda.

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