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Cremego determina interdição ética nas maternidades municipais de Goiânia

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) anunciou a interdição ética de três maternidades municipais em Goiânia devido à grave crise no setor de saúde. A presidente do Cremego, Sheila Soares Ferro, destacou a preocupação com a segurança da população, afirmando que “a falta de medicamentos, insumos básicos e a escassez de médicos pediatras e obstetras estão levando a uma crise sem precedentes na rede pública”.

Durante a coletiva, Sheila ressaltou que a interdição é uma prerrogativa do Cremego e será aplicada caso as irregularidades não sejam corrigidas em até dez dias. “Essas maternidades não têm condições de atender a população. O nosso objetivo é garantir que os médicos possam trabalhar em ambientes adequados”, afirmou.

O diretor do Conselho, Robson Paixão de Azevedo, complementou a fala da presidente, explicando que a interdição ética proíbe médicos de atenderem nas unidades afetadas. “Atualmente, as maternidades estão sem insumos essenciais, como o surfactante, vital para o atendimento de recém-nascidos prematuros”, destacou.

Cacilda Pedrosa de Oliveira, diretora técnica da Fundação de Assistência à Saúde de Goiás (Fundahc), também se manifestou sobre a situação. Ela informou que, embora a prefeitura tenha repassado 8 milhões de reais para o pagamento de colaboradores, ainda há uma necessidade urgente de 17 milhões para sustentar o funcionamento das unidades. “Estamos com atrasos reiterados, o que tem levado à diminuição dos insumos e à falta de limpeza, essencial para evitar infecções”, afirmou.

Cacilda enfatizou a gravidade da situação: “Não temos material mínimo para realizar os atendimentos, e a interdição ética é necessária. Não adianta abrir uma maternidade se não há condições para um parto seguro”, disse. Ela pediu apoio à prefeitura e à Secretaria de Saúde para resolver a situação antes que se tornasse insustentável.

Sheila e Robson concordaram com Cacilda, ressaltando que o Cremego continuará a pressionar as autoridades para garantir que as maternidades sejam regularizadas e possam prestar atendimento de qualidade à população. “Não queremos fechar as maternidades, mas sim garantir que a população tenha acesso a um atendimento digno e seguro”, afirmaram.

Se as medidas necessárias não forem implementadas, o Cremego reafirma seu compromisso em agir em defesa da saúde pública, reiterando que “não podemos permitir que as condições atuais persistam”. A expectativa é que a pressão sobre a administração municipal resulte em ações rápidas para evitar a interdição das maternidades.

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