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Embora Alcides Ribeiro esteja no nome fantasia, empresas de deputado estão em nome de terceiros

Fabrício Vera e Giovanna Campos

Todas as unidades do Bazar Professor Alcides, que pertencem ao candidato a prefeito em Aparecida de Goiânia, Alcides Ribeiro (PL) estão registradas em nome de terceiros, segundo documentos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). A informação de acesso público traz questionamentos a respeito da situação financeira do negócio.

Com dívidas de R$ 3,83 milhões com o Banco do Brasil e outra de R$ 206 mil com a Prefeitura de Aparecida, a prática de não registrar o próprio nome no negócio pode ser uma artimanha do candidato. O uso dessa prática serve para empresários protegerem os ativos pessoais para evitar penhoras ou bloqueios da Justiça.

Segundo os documentos, a unidade na região da Cidade Livre está no nome de José Eldo Aguiar Marinho e Layane Ribeiro Rodrigues; a loja do Setor Garavelo com Vagner de Oliveira Lima e Regina Linhares dos Santos Vaz; e bazar na Vila Brasília possui Luis José da Silva Junior e Thais Alves Ribeiro como proprietários. Apesar do nome de Alcides estar no nome fantasia dos estabelecimentos, o controle legal está nas mãos dessas pessoas.

Detalhe que todas as unidades ainda possuem “Professor Alcides” no nome fantasia das unidades. O Jornal Opção entrou em contato com duas das unidades citadas no texto na manhã desta quinta-feira, 17, e ambas as atendentes confirmaram que o proprietário da loja é de Alcides.

O candidato do PL, no entanto, ainda não se pronunciou sobre os motivos que o levaram a adotar essa estratégia empresarial, em meio à crescente pressão para que as dívidas sejam quitadas e a situação jurídica seja resolvida.

A reportagem também procurou Alcides na manhã desta quinta-feira, 17, às 08h46, mas não obteve retorno. Às 08h43 procurou a assessoria de imprensa do candidato, os jornalistas Ronaldo Coelho e Cleber Ferreira, mas também não houve retorno.

O advogado da campanha de Alcides, Victor Hugo dos Santos, também não retornou às mensagens e ligações.

Entenda a prática

A prática de registrar negócios em nome de terceiros, conhecida como “blindagem patrimonial,” é uma estratégia utilizada por empresários que enfrentam riscos financeiros. Eles buscam proteger seus ativos de penhoras e bloqueios judiciais em situações de dívidas ou passivos elevados. No caso do Professor Alcides, essa tática pode ser vista como uma tentativa de evitar que seus bens sejam afetados por suas dívidas, que incluem R$ 206 mil com a Prefeitura de Aparecida e R$ 3,83 milhões com o Banco do Brasil.

Embora essa estratégia possa ser legal se realizada dentro dos limites da legislação, ela também suscita questionamentos sobre a capacidade do político de gerir adequadamente seus negócios. Ao optar por essa estrutura, ele pode passar a impressão de fragilidade financeira ou de falta de transparência, o que compromete sua credibilidade, tanto como empresário quanto como figura pública.

Além disso, dependendo do contexto, essa prática pode ser interpretada negativamente por eleitores e pela sociedade em geral, sobretudo quando há dúvidas sobre a legalidade ou a ética do movimento.

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