Livrarias de portas abertas
Meu amigo Mario Gabbay, dono da Marché, uma grande pequena loja de discos de São Paulo, teve de fechar as portas nos anos 2000, e não por falta de clientes. "O problema não era vender, mas comprar", ele me dizia. Um CD de artista famoso lançado naquela semana lhe custava, digamos, R$ 20, direto na gravadora. Com os custos, impostos e aluguel do ponto, não podia vendê-lo por menos de R$ 30 para ter mínimo lucro. Mas Mario não tinha sequer acesso ao disco, porque a gravadora dera exclusividade às Lojas Americanas por semanas. E as Americanas vendiam esse disco pelos mesmos R$ 20 com que o compravam.
Leia mais (11/10/2024 - 08h00)